Ana Patricia e Duda simbolizam volta por cima do vôlei de praia do Brasil

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Ao colocarem no peito a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos Paris 2024 aos pés da Torre Eiffel, Ana Patricia e Duda levaram o Brasil de volta ao pódio no vôlei de praia, três anos após o país ficar de fora do quadro de medalhas da modalidade pela primeira vez.

As campeãs Olímpicas sabem muito bem a responsabilidade que carregavam. Como a dupla mais bem-sucedida do Brasil em Paris 2024, como líderes do ranking e vice-campeãs mundiais. Sucesso e percalços que fizeram a conquista ser ainda mais valorizada.

“Acabou! Graças a Deus passou essa pressão, a gente conseguiu, somos campeãs Olímpicas. É difícil sustentar isso, a gente sabe. A gente trabalhou muito nossa cabeça para não ficar pensando nisso, mas pensar no que a gente trabalhou. Números não importam tanto, o que importa é o momento, a vontade”, disse Duda ao Olympics.com.

“É muito trabalho, muita dedicação, muita persistência e muito amor pelo esporte. Essa medalha é um pedacinho de tudo que a gente construiu desde que começou no esporte. Deu certo, todos que contribuíram podem se sentir parte disso”, completou a sergipana.

Ana Patricia: ‘Precisava vivenciar aquilo para crescer’

Jogando com outras parceiras em Tóquio, Ana Patricia e Duda foram alvo de críticas duras naquela ocasião, no que se tornou combustível para formar a melhor dupla do mundo.

“Eu costumava considerar Tóquio um grande trauma na minha vida, principalmente pelo pós, a quantidade de ofensas que eu recebi. Mas de uns tempos para cá, eu tenho tomado como uma grande lição na minha vida. Acho que precisava vivenciar aquilo ali para crescer como atleta, como pessoa. Isso que aconteceu hoje não teria acontecido se não tivesse vivenciado as coisas que vivenciei lá”, comentou Ana Patrícia.

Neste ciclo Olímpico, a dupla foi ‘re-formada’. Ana Patricia e Duda haviam jogado juntas nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanjing 2004, onde também foram ouro. Uma jornada que voltou a ter um final feliz.

“Estamos fazendo toda essa retrospectiva todos os dias que estamos aqui. Nanjing foi final contra o Canadá, aqui também. A final de vários torneios foram contra o Canadá e a gente pensava ‘será?’. É uma realização muito grande. É a certeza do que a gente construiu lá atrás, em momentos totalmente diferentes de agora. Nos ajudou muito a ter a cumplicidade que a gente tem, a amizade que a gente tem”, afirmou Ana Patricia ao Olympics.com.

Fonte: Olympics.com

Foto: Luiza Moraes/COB

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